quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Entrevista com Joyce Hyser do filme Quase Igual aos Outros (Just One of The Guys,1985)


Já havia postado um comentário sobre um dos melhores filmes dos anos 80 (Quase Igual aos Outros). Lá estava eu, procurando alguma coisa sobre os bastidores dessa ótima comédia, quando encontrei uma rará entrevista com a carismática Joyce Hyser. Segue agora a tradução. Espero que gostem tanto quanto eu gostei.

Qual foi sua primeira impressão com relação ao filme? você o via apenas como mais uma comédia adolescente, ou era mais uma profunda declaração do sexismo/feminismo e status social.

Joyce: Embora o filme esteja disfarçado como uma comédia boba e divertida, eu fui COMPLETAMENTE fisgada por esse projeto ele gera uma mensagem revolucionária bastante identificável (tanto para os jovens GAROTOS como para as jovens GAROTAS) O filme na verdade funciona de várias maneiras e níveis diferentes, e lida como muitas questões dos jovens como a homofobia e até a pressão que é imposta a eles, para se conformarem com certos ideais.
Isso sempre me surpreendeu, pois na época em que o filme foi lançado, eu não fui julgada pela soma de todas as partes. Eu sempre dei boas gargalhadas com relação as repetitivas críticas, que diziam  que eu "não convencia como garoto." sério!!!! ta brincando, né?. Eu não ERA um garoto. Na verdade eu deveria ser um garoto. Eu era simplesmente, uma garota no ensino médio FINGINDO ser um rapaz.
   Eu tive minhas dúvidas quando li o script pela primeira vez,mas quando eu conheci Lisa (Gottlied, a diretora) e começamos a falar sobre o personagem e suas idéias para o filme. Eu sabia que tinha a oportunidade de fazer um filme que tivesse mais seriedade, do que seus filmes habituais de comédia adolescente. O filme está definitivamente datado,mas ele é cheio de subtextos interessantes que repercute nos dias de hoje.

Você lembra de como foi o processo de teste para o papel de Terri Griffith?, você estava nos seus 20 anos e interpretar uma garota no 2º grau?

Joyce: Na verdade, eu estava com 26 anos e eu fiz um teste para o papel, tiveram três mulheres para fazer o teste, uma dela era Jennifer Jason Leigh. Eu estava nervosa na hora, com relação a Jennifer, porque ela já tinha conseguido pegar um outro papel meu, em um outro teste que fizemos. Mas logo depois que eu terminei a audição, eu me senti muito confiante. Eu não conseguia imagina mais ninguém que pudesse interpretar  aquele personagem melhor do que eu.

Eu preciso perguntar duas coisas com relação as  transformações físicas. Primeiro o corte de cabelo. Como foi que você se sentiu tendo que cortar o seu cabelo? Você teve que usar uma peruca por causa das primeiras cenas. Quanto tempo levou para seu cabelo voltar a crescer?

Joyce: Na verdade eu tinha um cabelo muito longo antes do filme, eles tiveram que cortar e fizeram uma peruca para as cenas que eu apareço de cabelo grande, aliais peruca essa que eu odiava!!!, eles gastaram uma fortuna com a peruca. Meu cabelo crescia muito rápido, então não demorou muito tempo para ele voltar a ser o que era antes. é engraçado, porque nunca mais eu tive meu cabelo curto novamente, depois disso. Na verdade foi uma coisa até que agradável.


A segunda pergunta, refiro-me a cena do topless. A cena que você revela ser uma garota é memorável. Ela estava no Script original, você teve alguma restrição com relação a nudez, qual foi a sua reação  depois que o filme foi lançado, e nos dias de hoje. 

Joyce: Eu estava relutante em fazer a tal cena reveladora. Lisa (Gottlieb, a diretora) recentemente me relembrou da história que definidamente firmou na minha cabeça a decisão de não mostrar nada. Eu tinha conversado sobre o script e a cena com uma amigo muito próximo, um outro ator, que tinha me aconselhado contra a cena. Seu argumento foi mais ou menos assim: "querida, com esses peitos, se você fizer o topless nessa cena,futumente quando você for conhecer alguém essa pessoa não vai olhar para seus olho'. Isso me fez pirar.
   A coisa mais maluca que me fez querer filmar a cena da forma que nós a fizemos foi o seguinte , foi porque foi feita muito tempo antes do surgimento da internet,se eu tivesse conhecimento que um dia essa cena iria parar em um site pornográfico, eu nunca teria filmado ela. No fim das contas eu decidi fazer a cena , pois sabia que ela serie essencial para o desdobramento da história e não seria algo gratuito.
   Depois do lançamento do filme. Eu não precisei lembrar a nenhum garoto quando alguns deles vinham falar comigo,que eles teriam minha atenção olhando apenas para meu rosto, pois seios não possuem boca

 Boddy, interpretado por  (Billy Jayne), e sua personagem tem uma grande química como irmão e irmã na telona,e nas cenas que você vai e volta (como garoto e garota) são uma das minhas favoritas no filme. Isso aconteceu naturalmente, ou estava no roteiro ou foi improvisado?

Joyce: Billy e eu nos divertimos muito juntos, ele era uma cara maduro de 15 anos e eu era uma imatura de 26 anos, então a idade não foi problema. Embora o nosso comportamento fosse um pouco obsceno  foi feito para ser assim, como se estivéssemos voltando aos tempos daquelas comédias excêntricas do colegial. Algumas coisas foram compostas a medida que íamos filmando,mas a maioria está no script.


Como foi trabalhar com Billy Zabka (Greg Tolan). Não havia ator melhor para interpretar o valentão da escola, dos filmes dos anos 80 do que ele. O próprio consegue fazer você ter um grande desgosto em segundos, logo depois que seu personagem aparece. Como era ele por trás das câmeras? 

Joyce: Billy Zabka é um cara super gentil, falando cério, ele não tem nada dos personagens que ele já interpretou.
Quase Igual aos Outros
Super Clássico dos anos 80

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O Rio do Desespero (The River, 1984)


Apesar deste filme ser de 1984 eu nunca tinha assisto,de uns tempos para cá não sei dizer o porque,mas fiquei com um grande interesse em assisti-lo. Procurei para locar mas não encontrei, até em sites de livrarias...mas... foi em vão. Mas consegui adquiri-lo.

   Para que não conhece o filme conta a história de um jovem casal de fazendeiros Tom Garvey (Mel Gibson) e Mae Garvey (Sissi Spacek) os dois, juntos com seu casal de filhos precisam enfrentar a força do rio para evitar que sua fazenda vá literalmente por água abaixo. Fora isso eles precisam encarar os poderosos locais que querem construir uma represa na cidade, mas para isso terá que inundar boa parte de onde se encontra os outros fazendeiros, gerando uma onda de pobreza.

   A pobreza e as diversidades que o casal enfrentam é a questão principal (eu achava que seria a força da natureza) E ela é mostrada até onde vai o extremo onde uma pessoa pode se encontrar em uma situação como essa.
SPOILER

O final do filme não foi tão satisfatório assim, pois termina a partir de onde termina a primeira sequencia de abertura (quando o casal tentar conter o avanço do rio). Ou seja, a qualquer momento eles poderiam sofrer mais uma fez com o ataque do mesmo. E os outros fazendeiros? tudo bem que eles seriam ressarcidos, mesmo assim deveria mostra-los comprando novas terras e recomeçando suas vidas novamente,uma vez que o filme mostra que a união faz a força e se não fosse por eles a família Garvey não teriam conseguindo mais uma vez aquela momentânea vitória.

FIM DE SPOILER

Talvez se não fosse pelas suas duas horas de duração, o próprio poderia ser visto mais vezes(por exemplo, uma vez por ano). Mas vale a pena dar uma conferida, se você ainda não assistiu,os efeitos são muito bons e os dublês fazem um bom trabalho.

domingo, 18 de novembro de 2012

A Saga Crepúsculo,Amanhecer Parte 2 (The Twilight Saga: Breaking Down part 2, 2012)


Chegou o grande fim da Saga Crepúsculo iniciada pela até então desconhecida e novata escritora Stephenie Meyer. Como já tinha lido toda a saga, confesso que não fiquei tão empolgado  pois achei os dois últimos livros os mais fracos,bem mas não estou aqui para falar do livro.

   Amanhecer parte dois, começa exatamente de onde terminou o primeiro. As pessoas pelo menos ficam ansiosas para ver como será a transição de Bella para a vida eterna. Para quem não leu o livro ficam as perguntas: qual será seus poderes? será que ela terá muita força? e sua filhinha Renesmee?

Por falar em Renesmee, chega a ser bizarro vê-la bebê pois seu rosto foi gerado digitalmente, só não nota quem não quer. O amor (doentio) de Bella e Edward é mostrado apenas no começo, pois logo depois os dois pombinhos e o resto da família precisam se proteger contra os ataque dos Voluture, para isso o casal viaja por vários cantos do mundo a procura de aliados para a derradeira batalha. 


Aliais, batalha essa que no livro não tem nada. Pelo menos quem for assistir ao filme vai se surpreender com a luta, nem se compara com a do filme Lua Nova, foi tudo que eu queria ter lido no livro...mas...como eu disse antes.... Não espere um GRAND FINALE, afinal, assim como o ator  Taylor Lautner disse em entrevista aqui no Brasil o fim está igual ao do livro.


Ficaram confusos agora?
Pois então vão ao cinema conferir



  Mas Bella está muito bem como vampira, acho que muita gente vai lamentar o fato dele ter demorado tanto tempo para sofrer a transformação.   Mas é compreensível, afinal é uma história voltada para o público feminino, onde as mulheres são o sexo frágil. Podemos até encarar a transição de Bella, de humana para imortal e com toda a sua força. como uma metáfora a jovem mulher que agora ao tornar-se mãe é capaz de qualquer coisa para proteger sua cria de qualquer ameaça.






domingo, 4 de novembro de 2012

O Clã dos Magos (Trudi Canavan,The Black magician´sGuide)

Lá estava eu passeando pela livraria quando me deparei com esse livro. A capa me chamou a atenção(eu sei, não podemos jugar um livro pela capa). . . mas. . . eu fiz mesmo assim.
   
Mas não comprei de cara, cheguei em casa e pesquisei primeiro. As pessoas falavam que o começo da obra era muito devagar, ao comprar o livro, concordei em partes,pois o livro se divide em duas partes:
   Na  1ª Temos a fuga de Sonea, que no meu ponto de vista essa parte um poderia ter sido bem menor. A 2ª (eu não vou contar para não conter spoiledrs). . .mas é bem melhor.

   Mas vamos ao que interessa. 
Sonea é uma jovem nos seus 30 anos de idade, é uma pessoa que vive na pobreza, não sabe ler nem escrever. Como se não bastasse vive em uma sociedade controlada por um rei, que convoca o clã dos magos todos os anos para fazer uma "limpeza" nas ruas. 

Um grupo de rebeldes se reúnem para enfrentar  em vão os imponentes magos com suas túnica e ar de quem tem o rei na barriga. Cery é uma amigo de longa data de Sonea, que decide se reunir ao grupo, que os atacam com pedras e frutas, mas os poderosos magos usam um escudo protetor que impede que sejam atingidos.

   É quando Sonea com toda a sua irá ao lançar uma pedra, mentaliza que ela atinja seu imponente inimigo. É o que termina acontecendo. Imediatamente os magos percebem que Sonea  é uma maga em potencial. Nossa heroína foge em seguida, pois acha que os magos querem mata-la mas o que eles querem é ajuda-la a controlar seus poderes antes que seja tarde de mais para ela e aqueles que vivem ao seu redor.

  O livro é contado na terceira pessoa, ou seja  nós ficamos sabendo coisas que a protagonista ainda vai descobrir. Esse tipo de narrativa me incomoda um pouco, mas nesse livro funciona bem.

A altora termina o livro em aberto, para os eventos do segundo livro. Acho isso um risco, pois se o livro não fizer sucesso, teríamos um história contada pela metade. Mas ao mesmo tempo acho perfeito pois estimula os leitores a querer saber mais sobre a saga.


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